Nesta semana, completa-se um ano de uma das piores tragédias naturais da história recente: o terramoto do Haiti, ocorrido a 12 de janeiro de 2010. O sismo, que atingiu os 7 graus na escala Richter, teve o epicentro localizado 25km a oeste da capital Porto-Príncipe, que foi completamente devastada com um saldo de 230 mil mortos e 300 mil feridos. Após o episódio, a comunidade internacional manifestou maciço apoio ao país, seja através de promessas de ajuda financeira ou do envio e do reforço de trabalho de ONGs. Mas os esforços - sobretudo a coordenação dos mesmos - não foram suficientes, e a população haitiana comemorou o seu aniversário somando ainda 1 milhão de desalojados, que vivem em barracas de acampamentos. As análises prévias e os relatos de várias entidades envolvidas na recuperação do Haiti, trazem perspectivas para o que foi o 2010 haitiano, que ainda deixa para 2011 os resultados de um surto de cólera e as incertezas de um processo eleitoral inacabado. De modo geral, todos concordam que pouco foi feito no ano passado e que os desafios para o futuro são enormes. Ao que tudo indica, o terremoto já passou, mas ainda deve reverberar por muitos anos no solo haitiano. O aparatoso apoio militar dos EUA, sabe-se hoje, foi motivado pelo petróleo exixtente ao longo da baía de Porto-Príncipe, uma das mais ricas jazidas de todo o mundo. Mas o Governo haitiano não abriu mão desse trunfo, uma excelente fonte de riqueza para alguns políticos corruptos haitianos que explorarão esse petróleo aos melhores preços...