MANUEL ALEGRE AFIRMA QUE FMI TRARÁ MILHARES DE DESPEDIMENTOS

despedimentos em massa, cortes nos salários e pensões será o preço do "apoio" do FMI

Manuel Alegre considera que está a ser criada uma "crise artificial" em Portugal e manifestou-se disposto a interromper a campanha para permitir que o actual Presidente da República possa estabelecer contactos internacionais e "defender a soberania" do país. "Se o Presidente da República, neste momento, até quiser interromper a campanha para fazer diligências junto de chefes de Estado ou de instâncias europeias para explicar a extensão do que se está a passar, que é sobretudo uma crise artificial, e é uma injustiça para o nosso país, teria o meu apoio. Trata-se sobretudo de defender a soberania de Portugal," disse o candidato. Alegre, crítico de uma eventual entrada do FMI em Portugal, desafiou este domingo Cavaco Silva a explicar aos portugueses o que significa a intervenção do Fundo, considerando que as especulações para forçar a ajuda internacional "vêm de fora mas tem cumplicidades" em Portugal. "Não se tratará de um funcionamento de mercados, trata-se de uma acção especulativa que tem um objectivo: forçar a entrada do FMI em Portugal. Isto vem de fora mas tem cumplicidades cá dentro", declarou Manuel Alegre. Em entrevista à TSF, Pedro Passos Coelho disse, também este domingo, considerar que a entrada do FMI em Portugal conduziria a novas eleições.