SUBMARINO "ARPÃO" JUNTA-SE AO "TRIDENTE" EM MIL MILHÕES DE "INVESTIMENTO"

dentro de meses Portugal terá o maior desemprego da Europa e 2 submarinos modernos

O segundo submarino da Marinha portuguesa, comprado ao German Submarine Consortium, através da Man Ferrostaal, chegou durante a manhã de sexta-feira dia 30 de Abril, à Base Naval de Lisboa, no Alfeite. O “Arpão” e o “Tridente”, entregue em agosto do ano passado, custaram ao Estado português cerca de mil milhões de euros. Os novos submarinos deram origem a duas investigações: uma sobre a compra dos navios, outra relativa às contrapartidas que Portugal teria de receber. Neste caso, o Ministério Público acusa 10 gestores (portugueses e alemães) de burla qualificada e falsificação de documentos. O processo prende-se com as contrapartidas financeiras definidas no contrato de aquisição dos dois submarinos. O contrato definia que o consórcio alemão devia dar contrapartidas, sob a forma de oportunidades de negócio a empresas portuguesas, no valor de 1,2 milhões de euros. No entanto, a investigação concluiu que um determinado conjunto de negócios foram dados como contrapartidas sem que de facto tal se verificasse.

Na Alemanha, o presidente executivo da Ferrostaal foi indiciado por suspeita de abuso de confiança, no âmbito do alegado escândalo de corrupção que inclui a venda de submarinos a Portugal e à Grécia. Matthias Mitschlerlich foi exonerado, após a investigação ter concluído que teria encoberto o pagamento de “luvas” para que a empresa conseguisse vender submarinos à Grécia, entre 2000 e 2002. Mitschlerlich rejeita as acusações. A Comissão Europeia também vai analisar o negócio e apurar alegadas violações de regras do mercado, a pedido da eurodeputada Ana Gomes. Além do “NRP Arpão”, também o “Tridente”, que chegou a Portugal em agosto do ano passado, foi encomendado pelo Estado português à empresa alemã Ferrostaal. A aquisição dos dois submarinos custou a Portugal 833 milhões de euros. O “NRP Arpão”, que será comandado pelo Capitão-tenente Nuno Baptista Pereira, atinge uma velocidade máxima de 20 nós e garante uma autonomia máxima de 45 dias, possuindo "capacidade para lançar mísseis, de defesa aérea e luta de superfície, e capacidade para lançar torpedos, de luta de superfície e subsuperfície", refere a Marinha, citada pela Lusa. (in,
RTP1).