Dez trabalhadores sírios que regressavam do Líbano foram mortos numa emboscada nos arredores da cidade de Homs, no oeste do país. Segundo a agência oficial Sana, o ataque foi obra de um “gangue armado”, termo usado pelas autoridades sírias para classificar aqueles que contestam o regime do presidente Bashar Al-Assad. A autoria da emboscada é posta em causa por defensores dos direitos humanos, que destacam a forte presença militar e policial nos arredores de Homs. Várias partes desta cidade e de outras localidades a sul foram invadidas por soldados e tanques, numa campanha para reprimir a contestação contra o regime. Testemunhas falam de um número indeterminado de mortes em Homs, incluindo pelo menos uma criança. As autoridades sírias atribuem a responsabilidade da violência que agita o país há sete semanas a “grupos armados” apoiados por potências estrangeiras. Uma testemunha disse que as forças de segurança mataram dois manifestantes não armados ao abrirem fogo sobre uma manifestação em Deir al Zor. A cidade petrolífera do leste da Síria tem assistido a protestos diários desde a morte de quatro ativistas pró-democracia na sexta-feira.