para terem obras para inaugurar em ano de eleições câmaras endividam-se ainda mais
Limite ao endividamento não travou recurso ao crédito pelas autarquias, que aumentou 82%. Nível de despesaassumida e não paga também subiu. O recuo da receita dos impostos e taxas levou as autarquias a virarem-se para o crédito bancário. Em 2009, ano de eleições autárquicas, pediram 965 milhões de euros à Banca (+ 82,5%). Parte da verba foi canalizada para investimento, rubrica que aumentou 9,6%. A aplicação da Lei das Finanças Locais "não teve o efeito preconizado no limite ao crédito bancário". Esta é uma das conclusões a que chega a análise que o "Anuário financeiro dos municípios portugueses" faz às contas de 2009 destes organismos. Elaborado pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, esta 7.ª edição do anuário - que hoje é divulgada numa conferência conjunta do JN e da TSF - revela que o recurso ao crédito bancários "saltou" de uma taxa de crescimento de 28,4%, em 2007, para 82,5%, em 2009.