OBAMA DECIDE NÃO MOSTRAR FOTO DE CADÁVER DE OSAMA

depois do bluff, Obama achou arriscado mostrar fotos do cadáver congelado há 10 anos

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decidiu que a fotografia do cadáver de Osama bin Laden não será divulgada, noticiou a agência norte-americana AP. Apesar do pedido de provas sobre a morte do líder da al-Qaeda vindas dos quatro cantos do mundo, Obama decidiu, definitivamente, não divulgar as fotos. Segundo alegou, os inconvenientes seriam maiores do que os benefícios. Por seu turno, o secretário de Estado norte-americano da Justiça, Eric Holder, veio a público justificar a morte de bin Laden afirmando que se tinha tratado de um acto de "autodefesa nacional". "Se ele tivesse tentado render-se, acho que teríamos aceite, mas não houve qualquer indicação de que queria fazer isso, então a morte foi adequada", realçou. A história pormenorizada conhecida da operação que levou à morte de bin Laden tem suscitado muitas dúvidas. Por isso, Navi Pillay, alta comissária da ONU para os direitos humanos, solicitou mais pormenores sobre o que de facto se passou. O êxito da operação de localização e morte do líder da al-Qaeda teve por base informações cedidas por Khalid Sheik Mohamed, o homem que engendrou os ataques de 11 de Setembro de 2001 e que viria a ser preso, dois anos mais tarde, no Paquistão. Sabe-se que Sheik Mohamed foi sujeito a torturas enquanto esteve preso em Guantánamo. Mais concretamente, em 183 vezes foi sujeito à técnica de afogamento simulado. O director dos serviços secretos norte-americano, CIA, Leon Panetta, reconheceu o recurso a torturas com vista à obtenção de informações. Contudo, pelo que parece, Sheik Mohamed acabou por revelar o nome do mensageiro de bin Laden durante um interrogatório.