GREVE DO LIXO EM NÁPOLES LANÇA CAOS URBANO

os napolitanos protestam assim com 300 toneladas de lixo por dia

Os militares italianos iniciaram hoje a limpeza de cerca de 4100 toneladas de lixo acumulado nas ruas de Nápoles, na sequência de uma crise que se prolonga desde 2007. Na madrugada de hoje, os bombeiros da metrópole meridional foram forçados a intervir para extinguir 28 incêndios em lixeiras. O aumento das temperaturas, o cheiro insuportável e os riscos para a saúde pública foram alguns dos argumentos que justificaram a medida. Apesar das repetidas promessas das autoridades locais do governo, Nápoles foi de novo invadida desde há vários dias pelo cheiro do lixo acumulado nas ruas, após uma ligeira acalmia em finais de 2010 e inícios de 2011. No final de novembro, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi prometeu que o problema dos dejetos seria rapidamente desenvolvido, e em 26 de novembro a Comissão Europeia exigiu a Roma um novo plano de tratamento dos lixos na região de Nápoles, sob pena de sanções financeiras. O governo aprovou de seguida um decreto destinado a acelerar os procedimentos administrativos para a construção de centros de tratamento e incineração de dejetos. A ausência de incineradores, a acumulação das descargas na região e a oposição das populações locais à utilização ou extensão de lixeiras a céu aberto para a deposição dos dejetos está na origem da atual situação.