O presidente do PSD pediu domingo à noite uma «maioria clara» nas legislativas de 5 de Junho e acusou o PS de «não ter vergonha de fazer demagogia barata» ao afirmar que o seu partido pretende acabar com a escola pública. No discurso durante um jantar em Guimarães, Pedro Passos Coelho afirmou que «hoje» (domingo), dia em que o PSD apresentou o seu programa eleitoral, começou a campanha eleitoral. «Começamos esta campanha eleitoral com o pé direito. A seguir ao jantar de aniversário dos 37 anos do PSD é este jantar que marca o arranque para a campanha e para a libertação do país», disse. Perante mais de 1.000 apoiantes, p líder social-democrata pediu uma «maioria clara» e independente. «Queremos ir para o Governo para que valha a pena governar Portugal. Mas para isso temos que ter uma maioria clara», afirmou, esclarecendo depois: «Esta maioria não pode ficar dependente de nenhum pau-de-cabeleira, tem que ser conquistada pelo nosso mérito». Aliás, sobre possíveis entendimentos pós-eleitorais, o líder do PSD clarificou, «para que não haja dúvidas», que o eleitor que votar no PSD «não se arrisca à surpresa de no dia seguinte acordar com um governo do PS».
«Será que não têm vergonha de fazer esta demagogia barata de ameaçar as pessoas com o medo, ao mesmo tempo que se prepararam para inaugurar um hospital em Parceria Público Privada, onde os privados vão mandar na saúde pública?», questionou o líder «laranja», dizendo que o Governo devia-se queixar era «da sua irresponsabilidade». Passos Coelho pediu também uma maioria nas próximas legislativas e falou na «libertação do País»: «Queremos ir para o Governo para que valha a pena governar Portugal. Mas para isso temos que ter uma maioria clara» que «não pode ficar dependente de nenhum pau-de-cabeleira, tem que ser conquistada pelo nosso mérito». O líder do PSD, apresentado no jantar como «futuro primeiro-ministro», disse que cabe agora aos portugueses resolver o problema de liderança no País: «só há uma entidade que o pode resolver: o povo português quando votar nas próximas eleições». Passos Coelho propõe no seu programa ainda reduzir o número de deputados, ministérios e assessores, bem como reduzir substancialmente o número de fundações e institutos exclusivamente dependentes do Estado.