Hospitais, tribunais, serviços da Segurança Social, repartições de Finanças e escolas deverão ser os serviços públicos mais afectados pela greve convocada para hoje pela Frente Comum de sindicatos da Função Pública. A jornada de luta, segundo as previsões dos sindicatos, deverá contar com a adesão de 250 mil funcionários. As consultas externas e as cirurgias deverão figurar entre os serviços mais afectados, mas os hospitais optaram por não as adiar antecipadamente dado que esta paralisação não conta com a adesão dos sindicatos dos enfermeiros. Apenas os administrativos e os médicos farão greve, pelo que as consultas e as operações só serão adiadas se estes últimos não se apresentarem ao serviço. A Federação Nacional dos Médicos espera uma adesão na ordem dos 60%. As contas de Ana Avoila, coordenadora da Frente Comum, apontam para uma adesão de 200 mil trabalhadores da administração central do Estado, mais sete mil oficiais de Justiça, dez mil da Câmara Municipal de Lisboa e seis mil dos estabelecimentos fabris das Forças Armadas em protesto contra as reduções salariais e o congelamento das promoções. Milhares de alunos poderão ficar sem aulas devido à greve, que abrange funcionários mas não professores. O Ministério da Educação acredita que as provas de Aferição não serão afectadas. A tutela estima que 237 mil alunos façam hoje a prova de Língua Portuguesa.