O secretário-geral do PCP acusou na segunda-feira à noite o PSD de ser "mais 'troikista' que a 'troika'" e de, em conjunto com o PS e CDS-PP, estar a levar o país para uma situação "inquietante". Num jantar na Marinha Grande, criticou as propostas sociais democratas de "mais privatizações, mais desregulamentação das leis laborais, mais medidas penosas para os serviços públicos, para as funções sociais do Estado". Perante cerca de 400 pessoas, o responsável sublinhou que a "questão de fundo" é de saber se PS, PSD e CDS-PP "têm um programa próprio para as eleições do dia 05 de junho ou, antes, se têm um programa comum que é o programa da 'troika'", que classificou como "um brutal ataque ao povo português, aos trabalhadores, aos reformados, aos pequenos e médios empresários". Jerónimo de Sousa, recusou ainda a ideia de que no entendimento com a 'troika' esteja em causa o "interesse nacional", mas antes o "interesse da banca e do grande capital financeiro". Sublinhou que o país vive uma situação "muito difícil", tendo em conta que os três partidos (PS, PSD e CDS/PP) se juntaram para "levar Portugal a uma situação profundamente inquietante".