O presidente do conselho de administração da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) considerou hoje “irreversível” o encerramento das oficinas da Figueira da Foz, sustentando que a decisão é do conhecimento dos sindicatos e trabalhadores. 20 Trabalhadores oficinais da Figueira da Foz reuniram em plenário e desfilaram até à câmara em protesto pelo anunciado fecho das instalações. “Não podemos ter trabalho fictício”, alegou, referindo que a manutenção em funcionamento das oficinas da EMEF na Figueira da Foz “representa custos imensos” para a empresa. O responsável sustentou que a decisão de fechar o grupo oficinal da Figueira da Foz, onde laboram 34 trabalhadores, está tomada, “é irreversível” e deverá concretizar-se no final de Novembro. Carlos Frazão alegou que a manutenção das composições ferroviárias, nomeadamente do material circulante em serviço na linha do Oeste, actualmente feita na Figueira da Foz, “pode ser feita em Santa Apolónia com muito menos custos”. Quanto ao futuro dos 34 trabalhadores atuais – 10 por cento dos 340 que ali chegaram a laborar em meados dos anos 1980 –, o presidente disse que alguns irão rescindir os contratos de “comum acordo” e outros poderão ser deslocalizados para o Entroncamento.