Depois da PT, hoje é a vez de a Galp pôr fim aos direitos especiais do Estado na petrolífera, no âmbito do acordo com a 'troika'. Os accionistas da Galp vão alterar os estatutos da empresa, que levará a extinção das acções de categoria A, que estão na posse do Estado, através da Parpública, passando a acções ordinárias. As acções da categoria A conferem direitos especiais na eleição do presidente do conselho de administração e em deliberações que possam pôr em causa a segurança do abastecimento do país em petróleo, gás e de electricidade ou produtos derivados dos mesmos. O presidente executivo da Galp, Ferreira de Oliveira, garantiu que a empresa vai "continuar igual" após o fim dos direitos especiais do Estado na petrolífera, até porque "nunca foram usados". Os trabalhadores da Galp marcaram no entanto uma manifestação para as 9h30, antes da reunião de accionistas. Hélder Guerreiro, da comissão de trabalhadores, explicou que os funcionários são contra o fim dos direitos especiais do Estado na empresa porque perderão protecção do Estado contra despedimentos em massa, previstos já a partir do final deste ano, face à redução dos lucros da petrolífera.