Ricos sem mais impostos e maiores empresas livres de mais sobrecarga de impostos são os resultados de o entendimento necessário com os republicanos. Após semanas de impasse negocial e duras trocas de acusações, o presidente norte-americano, Barack Obama, e a oposição republicana chegaram domingo à noite a acordo sobre o aumento do limite da dívida pública dos EUA, evitando ‘in extremis’ o risco de incumprimento. Em traços gerais, o acordo permitirá aumentar em 2,4 biliões de dólares o limite da dívida pública dos EUA, actualmente fixado nos 14,3 biliões de dólares. O aumento do tecto da dívida será acompanhado por medidas de redução do défice em idêntico valor, incluindo cortes na Defesa, e não prevê o aumento dos impostos nos escalões mais elevados, como pretendia Obama. "Este acordo não é o ideal, mas, mais importante do que isso, evitará que o país entre em incumprimento. É este o acordo que eu queria? Não", reconheceu Obama no final da derradeira reunião com o líder da maioria republicana na Câmara dos Representantes, John Boehner. O acordo, que ainda estava dependente de aprovação nas duas câmaras do Congresso, esta madrugada, foi criticado por vários analistas, incluindo o Prémio Nobel da Economia, Paul Krugman, que o considerou como uma "catástrofe" e uma "rendição" de Obama perante um acto claro de "extorsão política".