Quem colocou a bomba que foi descoberta numa composição do metropolitano de Roma? Terroristas islâmicos ligados à Al-Qaeda, uma semana depois do alerta de atentado lançado pela Interpol? Anarquistas e membros de grupos de extrema-esquerda, na véspera de mais uma manifestação contra a reforma das universidades, que pode acabar em violência? É isso que a procuradoria-geral de Roma está desde ontem a investigar, depois de ter sido encontrado um engenho explosivo rudimentar no metro que estava parado na estação de Rebibbia. O artefacto foi descoberto por volta das dez horas da manhã locais, por um empregado da empresa de transportes de Roma. Estava debaixo de um dos assentos da composição de metro da linha B, na zona de manobras da estação de Rebibbia e a uns 400 metros da plataforma de passageiros. Encontrava-se dentro de um pacote de onde saíam fios eléctricos. O funcionário entregou o pacote suspeito às autoridades para este ser posteriormente analisado. O caso foi entregue a um grupo de magistrados antiterroristas, que, segundo avançou a AFP, estão a ser coordenados pelo procurador-adjunto Pietro Saviotti. Um porta-voz do município, Giampaolo Polizzaro, explicava, àquela mesma agência, que o engenho não tinha explodido "porque não tinha detonador". Os primeiros exames revelaram uma caixa de sapatos que tinha no seu interior dois tubos com pólvora ligados a vários fios eléctricos e também a uma antena, explicou o chefe do comando operacional dos carabinieri romanos, Salvatore Cagnazzo. Este incidente ocorre na véspera de mais uma manifestação contra a reforma universitária do Governo de Silvio Berlusconi.