este projecto de mobilidade e interconectividade não está a ter o êxito esperado 
Subiu de tom a guerra em torno do serviço ferroviário de passageiros da Fertagus, que liga Lisboa a Setúbal. Tudo começou quando o Governo prorrogou esta concessão da Fertagus por mais nove anos. Fê-lo sem lançar um novo concurso público, invocando a necessidade de acautelar futuras decisões sobre o TGV. Descontente com esta posição governamental, o grupo francês Transdev interpôs uma providência cautelar contra os ministérios das Finanças e das Obras Públicas para anular os efeitos da prorrogação da concessão da Fertagus. Por seu turno, o grupo Barraqueiro, que controla a Fertagus, reagiu considerando que os pressupostos invocados pelos franceses da Transdev "são falsos, indiciando um mau perder da Transdev perante as melhores propostas que o grupo Barraqueiro tem apresentado, com ganhos para o Estado e para os contribuintes portugueses". Contrariando as afirmações da Transdev, uma fonte do grupo Barraqueiro considera que "é absolutamente falsa a alegação de que as negociações para a prorrogação da concessão deveriam ter ocorrido, obrigatoriamente, entre 30 de Junho de 2008 e 30 de Junho de 2009". E acrescenta que "a prorrogação do contrato de concessão até 31 de Dezembro de 2019 já estava expressamente prevista no contrato de concessão desde 2005, e não estava dependente de qualquer fase de negociações, muito menos do prazo em que estas ocorressem".
