passageiros classificados como "gado" em função das suas opções religiosas ou políticas 
A ministra da Justiça alemã, Sabine Leutheusser-Shnarrenberger, rejeitou a proposta de dividir os passageiros em perfis de risco, com base na sua origem ou religião, feita na terça-feira pelo presidente da Associação dos Aeroportos alemães. A ministra acredita que a medida pode levar a uma “estigmatização” de pessoas. "Estamos bem apetrechados nos aeroportos" foi a resposta da ministra da Justiça alemã, esta quarta-feira, à proposta feita no dia anterior pela associação para tornar mais eficazes as medidas contra o terrorismo, criando perfis de passageiros com base numa recolha de dados. A ministra considera que a divisão de passageiros em perfis de risco viola o princípio da igualdade a nível nacional e europeu. "O pessoal dos aeroportos, que tem uma boa formação e muita experiência, está em condições de decidir com bom senso quem deve ser controlado e como", frisou a responsável. A proposta da Associação dos Aeroportos alemães baseou-se nas medidas dos aeroportos israelitas, onde os passageiros são controlados de forma diferente, consoante a sua origem, idade, religião ou situação social. São colocados autocolantes diferentes na bagagem de cada passageiro, avaliando a categoria de risco, mas apenas interpretáveis pelos seguranças.
