A eurodeputada socialista Ana Gomes garante que Paulo Portas não tem "idoneidade pessoal e política" para fazer parte do governo. A antiga embaixadora, conhecida por não ter papas na língua, falou à Antena 1 sobre a polémica compra de dois submarinos à empresa alemã Ferrostaal e relembrou notícias de casos de prostituição que envolveriam dois ministros de Durão Barroso. Nestas declarações que Ana Gomes proferiu sobre Paulo Portas por causa do caso "dos submarinos e outros casos", a eurodeputada comparou a ida do presidente do CDS para o governo de coligação com os sociais-democratas com o caso do ex-presidente do FMI, Dominique Strauss-Kahn. Minutos antes, na Antena 1, Ana Gomes tinha ido mais longe, lembrando uma notícia do semanário francês "Le Point" que dizia que dois ministros de Durão Barroso recorriam à prostituição, sem referir nomes, mas acrescentando que um deles era referenciado por usar uma cabeleira loira. O problema coloca-se ainda por o líder centrista desejar a pasta dos Negócios Estrangeiros. De acordo com a vice-presidente do partido, Assunção Cristas, Portas "tomará as diligências que entender necessárias" para que a eurodeputada sofra as consequências das declarações que fez. "Inadmissíveis", "inqualificáveis" e que "não merecem qualquer comentário" foram algumas das expressões utilizadas por Assunção Cristas para qualificar a opinião da eurodeputada socialista. Para a dirigente centrista, que é apontada como uma das possíveis candidatas a um lugar no futuro governo, as palavras de Ana Gomes "são de um baixo nível que não é admissível na vida política portuguesa".