NATO DE OEIRAS DEVERÁ SER DESACTIVADA

Portugal deixará de pagar a renda exorbitante aos EUA pelo terreno da NATO de Oeiras

A proposta da NATO para a reforma dos seus comandos e agências propõe a colocação em Oeiras de uma força da sexta esquadra da Marinha americana e traz para Portugal a Escola de Sistemas de Comunicação e Informação da organização. De acordo com esta proposta, Portugal deixa de ter um comando operacional da NATO sediado no seu território, não ficando também com um comando de componente naval, que era o objectivo inicial do Governo português. Segundo disseram fontes aliadas, a proposta que o secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, vai apresentar quarta-feira aos ministros da Defesa dos países-membros, num jantar no quartel-general, em Bruxelas, está a localização de uma força marítima dos EUA em Oeiras, que funciona na dependência do Comandante Supremo das Forças Aliadas (SACEUR, em inglês), almirante James Stavridis, que é em simultâneo Comandante das Forças Americanas na Europa. A sexta esquadra norte-americana, com responsabilidades no Atlântico e Mediterrâneo, participou, por exemplo, no início das operações da NATO no Kosovo, em 1999, ou nas operações na Líbia, já este ano, sendo que esta nova estrutura a situar em Oeiras continua ser financiada por todos os países da Aliança Atlântica, à semelhança do comando conjunto (JFCL, em inglês) que ainda lá está. A proposta apresentada aos 28 países aliados no âmbito da reunião ministerial poderá vir a sofrer alterações, dado que, na NATO, todas as decisões são alcançadas pela via do consenso. Para além desta mudança, a proposta contempla a vinda para Portugal da Escola de Sistemas de Comunicação e Informação da NATO, actualmente nos arredores de Roma. Manutenção assegurada tem o Centro de Lições Aprendidas e Análise Conjunta (JALLC), estrutura da NATO localizada em Monsanto, Lisboa.