Ex-ministro de Cavaco Silva defende, em entrevista à Renascença, a privatização total da CGD e a venda dos submarinos. Aos microfones da Renascença, no programa ‘Terça à Noite', Miguel Cadilhe admitiu ontem que mudou de posição em relação à Caixa Geral de Depósitos (CGD), defendendo agora a privatização de todo o banco público. "Sempre defendi a Caixa Geral de Depósitos no sector público. Agora, estamos numa situação tremenda do ponto de vista financeiro e, portanto, temos que lançar mão de todos os activos que tivermos e vender aqueles que tenham comprador - com algumas excepções - e, por isso, hoje quebro a minha posição de sempre e admito a própria Caixa Geral de Depósitos, como último recurso, e se tivermos uma boa oportunidade de venda", afirmou. No mesmo comentário, o ex-ministro de Cavaco sugere que Portugal deve vender os submarinos. "Recomendo vivamente a venda dos submarinos aos alemães que nos forneceram quando nós não tínhamos condições para comprar. A Alemanha que hoje é tão severa para connosco deveria ter, na altura, ponderado", acrescenta. Além disso, Miguel Cadilhe defende um imposto extraordinário, aplicado uma só vez, para abater a dívida pública. O ex-Presidente do BPN recusa ainda a renegociação da dívida com perdão de parte do capital, considerando que isso seria a desonra do País. Porém, Cadilhe admite o alargamento do prazo de pagamento ou redução dos juros.