CANDIDATA DO PS ACUSADA DE FALSIFICAR VOTOS DE EMIGRANTES NO RIO DE JANEIRO

falsificação de votos é tradição antiga no nosso país, apesar de ser sempre abafado

O deputado do PSD Carlos Páscoa Gonçalves denunciou alegadas irregularidades na emissão de 4.000 certidões de eleitores no Consulado de São Paulo, onde a candidata do PS e o marido são funcionários. Em São Paulo, onde a candidata do PS é funcionária, foram emitidas 4.000 certidões para virem juntos com os votos", disse o deputado social-democrata. Carlos Páscoa Gonçalves, que falou à Lusa no local onde hoje estão a ser contados os votos da emigração, em Lisboa, referia-se à cabeça de lista do PS por Fora da Europa, Carolina Almeida. "Curiosamente, quem emite as certidões é o marido de candidata, que controla todo esse sistema dentro do consulado", acrescentou o deputado. Os emigrantes votam por correspondência nas eleições legislativas e o envio de uma certidão de eleitor, que é emitida pelos consulados, junto com o voto é obrigatória. "Agora pergunto: Pode haver alguma fraude onde há 100 certidões ou onde há 4.000?. Ninguém está a falar nisso, acho estranho", referiu. Questionado sobre o que o PSD vai fazer em relação a esta alegada fraude, Páscoa Gonçalves referiu que o partido está a acompanhar a situação, que considera uma "imoral e anti-ética", mas referiu que "cabe ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, através de uma inspecção consular, investigar o que se passou". Questionada sobre estas acusações, a candidata socialista Carolina Almeida não quis comentar. O PS entregou hoje o protesto a exigir a anulação dos votos depois de um jornal do Rio de Janeiro, o "Portugal em Foco", afecto ao PSD, ter publicado na sua edição de 26 de maio um texto em que se propunha ir a casa dos eleitores portugueses recolher o voto e enviá-lo para Portugal.