O objectivo era “paralisar o país”. E se as dezenas de milhares de estudantes que saíram à rua em Itália contra a reforma da educação não o conseguiram, provocaram pelo menos o caos nas principais cidades. Enquanto o Parlamento debatia a proposta do Governo – que deverá ser aprovada ainda esta terça-feira –, os estudantes ocupavam o centro de Roma, Milão, Veneza, Nápoles, Palermo ou Brescia. Na capital, a polícia conseguiu impedir os estudantes de entrarem à força no Parlamento fechando com cordões todos os acessos. Em resposta, os manifestantes concentram-se nas margens do rio Tibre, bloqueando a circulação. Na grande cidade do Norte, Milão, os manifestantes ocuparam durante cerca de 20 minutos uma estação de caminho-de-ferro e lançaram ovos e petardos contra um dos edifícios da universidade católica. Em Brescia a polícia usou bastões contra os jovens que lhe lançavam garrafas e em Bolonha houve também confrontos entre forças de segurança e estudantes. Em Nápoles, cidade afectada pela crise do lixo, com toneladas por recolher, os estudantes atiraram sacos de lixo para a sede do governo regional. Segundo a União das Universidades, “mais de 400 mil estudantes” estiveram mobilizados em todo o país.
A jornada nacional de protesto já tinha tido antecedentes. A semana passada, os estudantes chegaram a ocupar monumentos como o Coliseu de Roma e a Torre de Pisa. No âmbito da reforma contra a qual se grita nas ruas, os estabelecimentos mais pequenos serão alvo de fusões e nos conselhos de administração passarão a sentar-se peritos externos ao mundo académico. O Governo defende que a sua reforma introduz mais meritocracia, mas os críticos afirmam que se destina apenas a poupar. Sabe-se que o orçamento para a educação vai diminuir e que serão cortados 130 mil empregos na área. O primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, reagiu aos protestos afirmando que “os verdadeiros estudantes estão em casa a estudar”.
A jornada nacional de protesto já tinha tido antecedentes. A semana passada, os estudantes chegaram a ocupar monumentos como o Coliseu de Roma e a Torre de Pisa. No âmbito da reforma contra a qual se grita nas ruas, os estabelecimentos mais pequenos serão alvo de fusões e nos conselhos de administração passarão a sentar-se peritos externos ao mundo académico. O Governo defende que a sua reforma introduz mais meritocracia, mas os críticos afirmam que se destina apenas a poupar. Sabe-se que o orçamento para a educação vai diminuir e que serão cortados 130 mil empregos na área. O primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, reagiu aos protestos afirmando que “os verdadeiros estudantes estão em casa a estudar”.