A polícia britânica suspeitou dos pais de Madeleine McCann, “Maddie”, a menina de três anos desaparecida na Praia da Luz, no Algarve, na noite de 3 de Maio de 2007, revela o “El País”. O jornal espanhol cita um telegrama enviado pelo embaixador dos Estados Unidos em Lisboa ao Departamento de Estado, que consta dos 250 mil documentos filtrados por WikiLeaks. Essa suspeita existia também na polícia portuguesa, que sempre a partilhou os investigadores britânicos, como noticiou o PÚBLICO a 3 de Outubro de 2007. “A polícia inglesa sempre esteve informada sobre as diligências desenvolvidas pela PJ no caso Maddie”, relatava o PÚBLICO, adiantando que “no dia em que os responsáveis da PJ decidiram constituir Gerry e Kate McCann como arguidos no processo do desaparecimento da sua filha, comunicaram primeiro a sua intenção aos investigadores da polícia britânica que se encontravam na Praia da Luz. “Já fiz detenções por menos”, terá respondido um deles. Agora o “El País” divulga que, num telegrama com data de 28 de Setembro de 2007, o embaixador Alfred Hoffman revela uma conversa mantida com o seu homólogo do Reino Unido, Alexander W. Ellis, então recém-chegado a Lisboa. “Ellis não entrou em pormenores do caso”, escreve Hoffman, “mas admitiu que foi a própria polícia do seu país quem encontrou as provas” que levavam à suspeita do casal McCann.
Segundo a edição de “El País”, a conversa entre os dois diplomatas creditados em Lisboa mantida a 28 de Setembro de 2007, ocorreu 19 dias depois de Gerry e Kate McCann terem abandonado Portugal após terem sido interrogados nas instalações da Polícia Judiciária em Portugal. Naquele interrogatório de 6 de Setembro, relembra o diário espanhol, os pais de Madeleine foram ouvidos como arguidos da morte acidental e do ocultamento de cadáver de “Maddie”. Recorda-se que, por falta de provas, este caso foi arquivado pela Procuradoria-Geral da República em 21 de Julho de 2008 e que o casal McCann foi ilibado. A notícia do PÚBLICO de 2007 precisava que “um elemento ligado à investigação obrigado ao anonimato” garantira que a polícia inglesa “sempre colaborou e prestou apoio à investigação”, mesmo a partir de Inglaterra. Um dos exemplos mais claros dessa cooperação é que todas as análises aos vestígios recolhidos nos apartamentos da Praia da Luz e nos automóveis utilizados pelos McCann e amigos, realizadas pelo laboratório de Birmingham, foram pagas pelos ingleses”
Segundo a edição de “El País”, a conversa entre os dois diplomatas creditados em Lisboa mantida a 28 de Setembro de 2007, ocorreu 19 dias depois de Gerry e Kate McCann terem abandonado Portugal após terem sido interrogados nas instalações da Polícia Judiciária em Portugal. Naquele interrogatório de 6 de Setembro, relembra o diário espanhol, os pais de Madeleine foram ouvidos como arguidos da morte acidental e do ocultamento de cadáver de “Maddie”. Recorda-se que, por falta de provas, este caso foi arquivado pela Procuradoria-Geral da República em 21 de Julho de 2008 e que o casal McCann foi ilibado. A notícia do PÚBLICO de 2007 precisava que “um elemento ligado à investigação obrigado ao anonimato” garantira que a polícia inglesa “sempre colaborou e prestou apoio à investigação”, mesmo a partir de Inglaterra. Um dos exemplos mais claros dessa cooperação é que todas as análises aos vestígios recolhidos nos apartamentos da Praia da Luz e nos automóveis utilizados pelos McCann e amigos, realizadas pelo laboratório de Birmingham, foram pagas pelos ingleses”