Há cerca de 900 enfermeiros a trabalhar para o Serviço Nacional de Saúde que podem ser despedidos quando os contratos terminarem, o que pode acontecer já no final do ano ou até ao final de Março, alerta João Semedo, do Bloco de Esquerda, que já questionou o Ministério da Saúde. A denúncia é feita pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), que diz que o ministério não garante a integração destes profissionais nem a manutenção nos serviços onde desempenham funções. A falta de enfermeiros vai sentir-se essencialmente nos centros de saúde, afectando milhares de utentes, denuncia o deputado. "A informação que temos dos sindicatos é que o Ministério da Saúde reconheceu já não ter mais condições para regularizar a situação destes profissionais, que irão deixar os serviços à medida que os contratos forem terminando. Esta é uma situação altamente perversa, pois as administrações hospitalares recorrem a empresas de prestação de serviços para resolver o problema", disse ao DN João Semedo. O deputado não tem dúvidas de que este é apenas mais um exemplo que espelha as medidas de contenção impostas pelos ministérios das Finanças e da Saúde. "Deveriam ter-se aberto mais vagas para resolver a situação. Seguramente, a partir de agora, com as medidas de restrição que existem, jamais haverá abertura de vagas para estes 900 enfermeiros."
Uma situação que coloca em risco a reforma dos cuidados primários e a qualidade dos serviços prestados aos utentes, alerta o Bloco de Esquerda. "A esmagadora maioria destes profissionais trabalha nos cuidados primários, o que dificulta a reforma que está a ser feita e que é cada vez mais lenta. Assusta pensar que 900 enfermeiros vão deixar a saúde e que a opção é o recurso a empresas de prestação de serviços, que se traduzem numa grande instabilidade, necessidade de formação e falta de dinâmica de equipa", alerta. Acrescentado que poderá estar em causa o funcionamento das extensões de saúde e de tarefas como a vacinação, os tratamentos, o planeamento familiar e os cuidados infantis, normalmente desempenhadas por estes profissionais. Perante a gravidade da situação, o Bloco de Esquerda enviou várias perguntas ao Ministério da Saúde, destacando o "sério risco de ruptura nos serviços, em particular dos cuidados de saúde primários". João Semedo aguarda agora que o gabinete de Ana Jorge lhe responda, dizendo quantos enfermeiros trabalham no SNS com contratos a termo ou através de prestação de serviços, quantas vagas para enfermeiros estão contempladas nos concursos que estão a decorrer e se serão abertos novos concursos ainda este ano e em 2011.
Uma situação que coloca em risco a reforma dos cuidados primários e a qualidade dos serviços prestados aos utentes, alerta o Bloco de Esquerda. "A esmagadora maioria destes profissionais trabalha nos cuidados primários, o que dificulta a reforma que está a ser feita e que é cada vez mais lenta. Assusta pensar que 900 enfermeiros vão deixar a saúde e que a opção é o recurso a empresas de prestação de serviços, que se traduzem numa grande instabilidade, necessidade de formação e falta de dinâmica de equipa", alerta. Acrescentado que poderá estar em causa o funcionamento das extensões de saúde e de tarefas como a vacinação, os tratamentos, o planeamento familiar e os cuidados infantis, normalmente desempenhadas por estes profissionais. Perante a gravidade da situação, o Bloco de Esquerda enviou várias perguntas ao Ministério da Saúde, destacando o "sério risco de ruptura nos serviços, em particular dos cuidados de saúde primários". João Semedo aguarda agora que o gabinete de Ana Jorge lhe responda, dizendo quantos enfermeiros trabalham no SNS com contratos a termo ou através de prestação de serviços, quantas vagas para enfermeiros estão contempladas nos concursos que estão a decorrer e se serão abertos novos concursos ainda este ano e em 2011.