Guilherme d'Oliveira Martins analisa a inconstitucionalidade de tantos ajustes directos 
Empresas como a Parpública, Caixa Geral de Depósitos, Estradas de Portugal, Rave, REFER, CP, CTT, ANA - Aeroportos de Portugal, REN - Redes Energéticas Nacionais, Águas de Portugal e hospitais EPE, num total de 69 empresas públicas, adjudicaram 102,7 milhões de euros na aquisição de serviços externos de consultadoria em 2007, segundo um relatório do Tribunal de Contas às "Despesas de Consultadoria das Entidades do SEE". O Tribunal destaca ainda que "quase 70% das adjudicações examinadas foram efectuadas por ajuste directo" e que foram as empresas tuteladas pelo Ministério das Obras Públicas as que mais adjudicaram serviços externos de consultadoria, representando "quase 40% do total e correspondendo a 39 milhões de euros". A instituição liderada por Guilherme d'Oliveira Martins destaca ainda as contratações da Parpública, que fez 22 adjudicações que "ascenderam a 4 milhões de euros, cerca de 4% do valor global gasto em consultadoria externa pelas empresas" analisadas. Aliás, o TC chama ainda atenção para o facto das 22 adjudicações, 20 não possuírem qualquer tipo de contrato. A empresa de consultoria Accenture foi a que consegui um maior volume de contratos, com 6,2 milhões de euros, seguindo-se o Consórcio Construtora Abrantina/Efacec, Deloitte e a Capgemini com 5,1 milhões, 4,3 milhões e 3,5 milhões de euros, respectivamente.
