O Bastonário da Ordem dos Advogados disse ontem que em Portugal há "duas justiças, uma para ricos e outra para pobres", frisando que "não se pode confiar" num sistema que transmite para a sociedade esta "duplicidade". Marinho Pinto falou num debate sobre o tema "Contextualizar a Pobreza no âmbito do Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social", integrado na Semana Social, organizada pela Câmara Municipal de Gondomar e relacionada com o Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social. O bastonário referiu que as cadeias portuguesas estão cheias de pessoas sem meios financeiros para contratar advogados, ao passo que "o assalto a um banco de mais de quatro mil milhões de euros, que foi aquilo que o Estado já lá teve de meter" ainda não foi julgado, disse, numa aparente alusão ao caso BPN.
Em declarações feitas à Agência Lusa, antes do debate, Marinho Pinto salientou que "é preciso que as pessoas sem recursos tenham também acesso à justiça, é necessário investir no acesso ao Direito em Portugal e é necessário que o acesso ao Direito não seja o parente pobre da Justiça". Segundo garantiu "a Ordem dos Advogados já deu um contributo muito sério para dignificar o apoio judiciário", na medida em que "os pobres já não são defendidos por advogados estagiários, mas sim por advogados, o que foi um passo importante". Marinho Pinto afirmou que a corrupção "é um problema gravíssimo" no nosso país e "a mais nociva de todas é a que grassa na nossa classe política".
Em declarações feitas à Agência Lusa, antes do debate, Marinho Pinto salientou que "é preciso que as pessoas sem recursos tenham também acesso à justiça, é necessário investir no acesso ao Direito em Portugal e é necessário que o acesso ao Direito não seja o parente pobre da Justiça". Segundo garantiu "a Ordem dos Advogados já deu um contributo muito sério para dignificar o apoio judiciário", na medida em que "os pobres já não são defendidos por advogados estagiários, mas sim por advogados, o que foi um passo importante". Marinho Pinto afirmou que a corrupção "é um problema gravíssimo" no nosso país e "a mais nociva de todas é a que grassa na nossa classe política".