O homem que tentou assassinar o Papa João Paulo II, em 1981 na cidade de Roma, acusa o Vaticano de planear o ataque. Mehmet Ali Agca falou pela primeira vez numa entrevista à televisão turca, desde que foi libertado em Janeiro, ao fim de 29 anos de prisão. Três décadas após o crime, as motivações do homicídio continuam ocultas, mas não por muito mais tempo, pelo menos no que depende do turco que se intitula “o eterno Messias”. Depois de questionado por um jornalista se a Administração do Vaticano tinha estado por detrás da tentativa de assassinato do Papa João Paulo II em Fátima em 1981, Mehmet respondeu: "O governo do Vaticano decidiu o assassinato do Papa. Planearam e organizaram tudo. A ordem “Matem o Papa” foi dada pelo primeiro-ministro do Vaticano, Cardeal Agostino Casaroli”, revelou Ali Agca. Continua por saber se o turco agiu ou não sozinho ou se terá sido contratado pelos serviços secretos da União Soviética ou da Bulgária. Após o encontro onde concedeu perdão ao turco, em 1983, João Paulo II disse que Agca tinha muita preparação militar e revelou não acreditar que tenha actuado sozinho. Ainda assim, numa visita que realizou à Bulgária em 2002, o Papa afirmou não acreditar que aquele estado balcânico estivesse envolvido na tentativa de homicídio.