Apesar do crescimento bem acima do esperado que Portugal deverá conseguir este ano, os economistas continuam a descartar a hipótese de o país escapar a uma recessão no próximo ano. É que o contributo positivo que se espera manter do lado das exportações não deverá ser o suficiente para compensar a quebra do consumo doméstico. "Para 2011 o grande problema é a procura interna", garante João Ferreira do Amaral, professor no ISEG, que continua a prever uma "recessão para 2011". O economista explica que o consumo das famílias deverá ser fortemente afectado pela entrada em vigor das medidas de austeridade, que incluem um aumento do IVA para 23% e uma penalização nas deduções fiscais para as famílias com rendimentos mais elevados. A este aumento de impostos há que somar um corte nos salários da Função Pública, e a esperada moderação no sector privado - tudo factores que se vão reflectir num corte do rendimento disponível das famílias.
RECESSÃO PREVISTA PARA 2011 POR ECONOMISTAS
Apesar do crescimento bem acima do esperado que Portugal deverá conseguir este ano, os economistas continuam a descartar a hipótese de o país escapar a uma recessão no próximo ano. É que o contributo positivo que se espera manter do lado das exportações não deverá ser o suficiente para compensar a quebra do consumo doméstico. "Para 2011 o grande problema é a procura interna", garante João Ferreira do Amaral, professor no ISEG, que continua a prever uma "recessão para 2011". O economista explica que o consumo das famílias deverá ser fortemente afectado pela entrada em vigor das medidas de austeridade, que incluem um aumento do IVA para 23% e uma penalização nas deduções fiscais para as famílias com rendimentos mais elevados. A este aumento de impostos há que somar um corte nos salários da Função Pública, e a esperada moderação no sector privado - tudo factores que se vão reflectir num corte do rendimento disponível das famílias.