As famílias portuguesas retiraram 1.450 milhões de euros de depósitos em bancos só em Setembro, a maior queda registada num só mês desde pelo menos 1989 - ano em que o Banco de Portugal começou a compilar essa estatística. O valor depositado pelos particulares situa-se agora em 116,9 mil milhões de euros. Trata-se da segunda queda consecutiva do valor depositado pelos portugueses, que em Agosto já tinham retirado 923 milhões de euros dos depósitos. Isto significa que, e em apenas dois meses, os bancos perderam 2,4 mil milhões em depósitos. Analisando o histórico desde 1989, trata-se da terceira maior queda sequencial de que há registo, e a única que chega a estes níveis em apenas dois meses. Apesar de não ser possível avançar com uma justificação exacta ou única, a quebra pode ter sido potenciada pelo ambiente de crise económica do país, nomeadamente a subida da taxa de desemprego, que obriga algumas famílias a recorrer às poupanças para fazer face a despesas do quotidiano. O Boletim Estatístico publicado ontem pelo Banco de Portugal (BdP) mostra também como os bancos continuam a apertar a torneira do crédito. O valor dos novos empréstimos está a cair desde Junho para particulares e empresas.
SÓ NUM MÊS PORTUGUESES RETIRARAM DOS BANCOS 1,5 MIL MILHÕES DE EUROS
As famílias portuguesas retiraram 1.450 milhões de euros de depósitos em bancos só em Setembro, a maior queda registada num só mês desde pelo menos 1989 - ano em que o Banco de Portugal começou a compilar essa estatística. O valor depositado pelos particulares situa-se agora em 116,9 mil milhões de euros. Trata-se da segunda queda consecutiva do valor depositado pelos portugueses, que em Agosto já tinham retirado 923 milhões de euros dos depósitos. Isto significa que, e em apenas dois meses, os bancos perderam 2,4 mil milhões em depósitos. Analisando o histórico desde 1989, trata-se da terceira maior queda sequencial de que há registo, e a única que chega a estes níveis em apenas dois meses. Apesar de não ser possível avançar com uma justificação exacta ou única, a quebra pode ter sido potenciada pelo ambiente de crise económica do país, nomeadamente a subida da taxa de desemprego, que obriga algumas famílias a recorrer às poupanças para fazer face a despesas do quotidiano. O Boletim Estatístico publicado ontem pelo Banco de Portugal (BdP) mostra também como os bancos continuam a apertar a torneira do crédito. O valor dos novos empréstimos está a cair desde Junho para particulares e empresas.