Os estudantes britânicos voltaram ontem a protestar com violência contra o aumento das propinas das universidades, numa repetição dos protestos de há duas semanas. As marchas aconteceram um pouco por todo o país, mas foi em Londres que se juntaram milhares de estudantes, tanto universitários como do ensino secundário, o que acabou por deixar a capital britânica num cenário de caos. O governo britânico aprovou recentemente um plano que permite às universidades aumentar as propinas 7 mil euros, para cerca de 10 mil euros anuais. O aumento, que torna a taxa perto de três vezes mais alta que a actual, faz parte de um pacote de austeridade que tem como alvo o ensino, no seguimento de recomendações feitas por John Browne, antigo executivo da BP. Além do aumento das propinas, o governo prevê cortes até 40% no orçamento para o ensino superior e a eliminação de bolsas para professores, exceptuando os de ciências e matemática. O plano entrará em vigor a partir de 2012.
Na capital, onde cerca de 10 mil estudantes marcharam a partir da praça de Trafalgar, os protestos, organizados pela Campanha Nacional contra Propinas e Cortes (NCAFC) acabaram em confrontos com as autoridades e casos de vandalismo. Uma carrinha da polícia metropolitana foi cercada e destruída à paulada por um mar de militantes, depois de pintarem frases de protesto. Foram detidas 15 pessoas e houve 13 feridos, dois deles elementos da polícia, um com um braço partido quando os estudantes tentaram romper a barreira policial em Whitehall, a ligação entre Trafalgar e a Praça do Parlamento. Os actos de vandalismo não foram bem vistos por alguns dos manifestantes, que consideram que o grupo que destruiu a viatura policial apenas procurou causar confusão. Foram assinalados focos de incêndio e alguns manifestantes barricaram-se nas universidades, incluindo na biblioteca da Universidade de Oxford. Um boneco representando o vice-primeiro ministro, Nick Clegg, foi enforcado em frente ao Kings Place, onde se situa a redacção do "The Guardian". Clegg tinha apelado, antes dos protestos de ontem, a que os estudantes analisassem os planos de aumento. Os protestos pretendiam seguir até à sede do Partido Liberal Democrata, que faz parte da coligação do governo de David Cameron, depois de há duas semanas terem entrado na sede dos Tories.
Na capital, onde cerca de 10 mil estudantes marcharam a partir da praça de Trafalgar, os protestos, organizados pela Campanha Nacional contra Propinas e Cortes (NCAFC) acabaram em confrontos com as autoridades e casos de vandalismo. Uma carrinha da polícia metropolitana foi cercada e destruída à paulada por um mar de militantes, depois de pintarem frases de protesto. Foram detidas 15 pessoas e houve 13 feridos, dois deles elementos da polícia, um com um braço partido quando os estudantes tentaram romper a barreira policial em Whitehall, a ligação entre Trafalgar e a Praça do Parlamento. Os actos de vandalismo não foram bem vistos por alguns dos manifestantes, que consideram que o grupo que destruiu a viatura policial apenas procurou causar confusão. Foram assinalados focos de incêndio e alguns manifestantes barricaram-se nas universidades, incluindo na biblioteca da Universidade de Oxford. Um boneco representando o vice-primeiro ministro, Nick Clegg, foi enforcado em frente ao Kings Place, onde se situa a redacção do "The Guardian". Clegg tinha apelado, antes dos protestos de ontem, a que os estudantes analisassem os planos de aumento. Os protestos pretendiam seguir até à sede do Partido Liberal Democrata, que faz parte da coligação do governo de David Cameron, depois de há duas semanas terem entrado na sede dos Tories.