FRANCISCO ASSIS CONTRA POLÍTICA DOS CORTES SALARIAIS DO GOVERNO

Assis considera inadmissível aplicar a mesma regra para sector público e privado

O líder parlamentar do PS visou hoje indirectamente o Governo ao afirmar que a forma como serão aplicados os cortes salariais nas empresas do setcor empresarial do Estado deveria ter sido esclarecida logo na fase inicial do processo. Francisco Assis falava aos jornalistas no final da reunião do Grupo Parlamentar do PS, que se destinou a preparar a sessão de discussão e votação final do Orçamento do Estado para 2011, que acontecerá hoje na Assembleia da República. Perante os jornalistas, o líder da bancada socialista procurou frisar que não haverá excepções no sector empresarial do Estado em relação aos cortes globais de cinco por cento nos salários dos trabalhadores da administração pública, mas fez também uma alusão crítica à forma como o Governo conduziu esta matéria do ponto de vista político. "Estamos a laborar num grande equívoco porque não haverá exceções [nos cortes salariais] e porque vai ser aplicado o princípio geral. Mas esse princípio geral não pode ser aplicado da mesma forma em todo o lado - e talvez isso devesse ter ficado claro logo numa primeira fase e não foi assim", afirmou Francisco Assis. Segundo o presidente do Grupo Parlamentar do PS, "nas empresas do sector empresarial do Estado, há uma realidade jurídica diferente - ponto que ficou acautelado com a alteração que foi introduzida na proposta de Orçamento do Estado para 2011".