No Egipto, um grupo de Organizações Não Governamentais ameaçou renunciar ao direito de supervisionar as eleições legislativas de 28 de Novembro. O anúncio surge dias depois de uma série de detenções de apoiantes dos “Irmãos Muçulmanos”, a principal força da oposição, que controla 20 por cento dos lugares no Parlamento. O grupo islamita está oficialmente banido, mas contorna a lei ao apresentar os candidatos como independentes. Este ano contam com 130 representantes, contra os 165 das eleições de 2005. Desde que o grupo anunciou a candidatura, as forças de segurança já detiveram mais de 1.200 pessoas, numa campanha que já fez quatro mortos. “Precisamos de garantias do governo sobre a integridade do processo eleitoral porque no passado verificaram-se violações graves”, revelou Hafez Abu Saada, presidente da Organização Egípcia para os Direitos Humanos. O escrutínio é visto como um teste à democracia do país, dominado pelo partido do presidente Hosni Mubarak, no poder desde 1981. Os responsáveis pela Aliança Egípcia, que agrupa 123 associações encarregues de supervisionar o processo, denunciaram restrições no acesso à urnas.
TENSÃO NO EGIPTO A POUCOS DIAS DAS LEGISLATIVAS
No Egipto, um grupo de Organizações Não Governamentais ameaçou renunciar ao direito de supervisionar as eleições legislativas de 28 de Novembro. O anúncio surge dias depois de uma série de detenções de apoiantes dos “Irmãos Muçulmanos”, a principal força da oposição, que controla 20 por cento dos lugares no Parlamento. O grupo islamita está oficialmente banido, mas contorna a lei ao apresentar os candidatos como independentes. Este ano contam com 130 representantes, contra os 165 das eleições de 2005. Desde que o grupo anunciou a candidatura, as forças de segurança já detiveram mais de 1.200 pessoas, numa campanha que já fez quatro mortos. “Precisamos de garantias do governo sobre a integridade do processo eleitoral porque no passado verificaram-se violações graves”, revelou Hafez Abu Saada, presidente da Organização Egípcia para os Direitos Humanos. O escrutínio é visto como um teste à democracia do país, dominado pelo partido do presidente Hosni Mubarak, no poder desde 1981. Os responsáveis pela Aliança Egípcia, que agrupa 123 associações encarregues de supervisionar o processo, denunciaram restrições no acesso à urnas.