O banco suíço UBS publicou uma extensa análise sobre a união monetária. O ponto de partida é que, como está, o euro não funciona. A discussão sobre eventuais saídas do euro "subvaloriza as consequências" de uma ruptura na união monetária, escreve a equipa de economistas do UBS, para quem a probabilidade de isso acontecer "está próxima de zero". Nas contas do UBS o custo de um dos países mais debilitados do euro, onde se incluirá Portugal, sair do euro seria, só no primeiro ano, cerca de 9.500 a 11.500 euros por cidadão, o equivalente a 40 ou 50% do PIB dessas nações. E nos anos seguintes seria entre 3.000 a 4.000 euros por cidadão. Estes cálculos têm subjacente a bancarrota do País e o colapso do sistema financeiro e do comércio internacional. Se fosse a Alemanha a regressar ao marco, isso custaria entre 6.000 a 8.000 euros a cada cidadão germânico e cerca de 3.500 a 4.500 euros nos anos seguintes, qualquer coisa como 20 a 25% do PIB da maior economia europeia. Dado estes resultados, o UBS sugere que sai bem mais barato patrocinar os resgates de Portugal, Grécia e Irlanda. O banco nota também que estes cálculos não contabilizam os custos políticos resultantes de um desmembramento da zona euro. O peso da voz europeia no palco internacional, por exemplo, ficaria enfraquecido.