FORAGIDO PORTUGUÊS DA MÁFIA DA NOITE MATA BRUTALMENTE EM IBIZA

máfia violenta especializada em extorsão aos bares e discotecas da noite, mata em Ibiza

Paulo Baptista está em fuga das autoridades portuguesas desde Abril de 2009, depois de ter sido condenado a mais de seis anos de prisão no caso «Máfia da Noite» e é procurado agora também pelas autoridades espanholas, por causa do homicídio de um empregado do hotel em que era segurança, em Ibiza. José Pereira Sousa - é assim que é identificado pela imprensa espanhola - foi apanhado pelas câmaras de segurança do Ushuaïa Beach Hotel a desferir um murro em Abel Ureña Zafra, de 28 anos, que o deixou em coma e acabou por lhe causar a morte. As imagens que o incriminam em Espanha acabaram também por revelar a verdadeira identidade do português. Mas desde a noite de 19 de Agosto, em que aconteceu a agressão, Paulo Baptista deixou de ser visto. O director nacional adjunto da PJ, Pedro Carmo, explicou, que, «aparentemente», José Pereira Sousa e Paulo Baptista «tratam-se da mesma pessoa» e que foi a polícia portuguesa que, ao saber do caso em Ibiza, alertou as autoridades espanholas para esta possibilidade. «Pendem sobre ele mandados de captura nacional e internacional», salientou, recordando que Paulo Baptista «é o último elemento [do grupo Máfia da Noite] que se encontra em liberdade».

O português, de 33 anos, não terá gostado de ver Abel Ureña na companhia da companheira, junto a um restaurante japonês que fica no recinto do hotel. Apesar da tentativa de alguns elementos da segurança em travá-lo, o «Diario de Ibiza» explica que Paulo Baptista foi atrás do colega, que se refugiou numa zona de cargas de descargas do hotel. Afastando outros dois seguranças do caminho, o português abriu a porta do local onde a vítima se encontrava em desferiu um único golpe com a mão esquerda que desfez a mandíbula de Ureña, que ficou no chão, numa poça de sangue. Segundo o «Diario de Ibiza», o português era descrito pelos companheiros como um especialista em luta corpo-a-corpo conhecida como «vale tudo». Baixo, mas corpulento. Comparavam-no a Mike Tyson. Seriam treinados por ele. Na noite lisboeta, Paulo Baptista era considerado o braço direito de Alfredo Morais - que também escapou à justiça, mas foi capturado na Lituânia. Eram os dois principais elementos do grupo de 13 indivíduos condenados no processo «Máfia da Noite», acusados, entre outros crimes, de extorsão a donos de bares, agressões e segurança ilegal na noite lisboeta.