STRAUSS-KAHN: "EUROPEUS NÃO ESTÃO A TOMAR MEDIDAS DA MAGNITUDE DA CRISE"


enquanto falava na televisão sobre o caso da empregada, Kahn alertou para o impacto do que aí vem

O antigo director do FMI, Dominique Strauss-Kahn, defendeu uma exclusão da dívida da Grécia. Questionado ontem pela cadeia de televisão privada TF1 sobre a oportunidade de passar uma esponja sobre a dívida grega, Strauss-Kahn respondeu: "É uma ideia. A dívida, vemos bem que é enorme e que é preciso reduzi-la a todo o preço, salvo o preço da estagnação e da recessão". Strauss-Kahn acrescentou: "A cordilheira é estreita e os governos europeus estão a esforçar-se por seguir, porque não querem tomar a medida correspondente à magnitude do problema," disse, acrescentando que "a bola de neve cresce e torna-se cada vez mais difícil e o crescimento é cada vez menor". O antigo director do FMI criticou a lentidão dos Europeus na aplicação das suas decisões, após o acordo de 21 de Julho para um novo plano de ajuda à Grécia de cerca de 160 mil milhões de euros, sublinhando que "o tempo da economia é mais rápido do que o tempo da política". "Não creio que o euro esteja em dificuldade, mas creio que a situação é muito séria. Se não reagirmos rapidamente, em 25 anos a Europa vai ser uma terra de desolação, com fortes taxas de desemprego", alertou.