As novas regras de permanência no subsídio de desemprego implicaram o fim da prestação para quase 69.000 portugueses. Com esta medida, o Estado anunciou poupanças de 141 milhões de euros, avançam o Diário e o Jornal de Notícias. Mais de 45,5 por cento dos desempregados registados não têm qualquer apoio social, enquanto eram 35% os que há um ano se encontravam nesta situação. O fim do período de prestação de desemprego atingiu em média 14.600 pessoas por mês, desde julho do ano passado, enquanto foram aceites mensalmente 13.700 pedidos. Apesar da redução do tempo de trabalho necessário para ter direito ao subsídio de desemprego, diminuiu também o período da concessão da prestação, o que contribui para o aumento do número de pessoas fora do sistema de protecção social. O número de pessoas com direito à prestação do desemprego era em julho deste ano de 285.336, contemplando apenas 54,5% dos desempregados registados. A prestação média é de 497 euros, tendo registado uma descida em relação a maio. Em julho de 2010, este sistema abrangia 65% da população desempregada. No ano passado foram pagos 2,2 mil milhões de euros em subsídios de desemprego e este ano, até julho, esta verba foi de 1,2 mil milhões. Desde julho de 2010, o Governo poupou 141 milhões de euros, apesar de o desemprego atingir 12% da população activa.