ESTADO DE GRAÇA DE PASSOS COELHO CHEGA AO FIM

aumentos e impostos fazem portugueses esperar pior Governo do que a era Sócrates

O estado de graça do Governo de Passos Coelho parece estar a chegar ao fim. Já são mais os que acham que esta equipa governamental vai governar pior (37%) do que a anterior, do que os que acham que vai governar melhor (34,4%). Segundo o barómetro mensal da Aximage para o Negócios e Correio da Manhã, o índice de expectativas no Governo caiu para 11 pontos, contra 57em Julho. Ainda assim bem acima dos valores negativos do índice quando era Sócrates quem chefiava o Executivo português.A queda acentuada das expectativas dos portugueses no Governo são resultado das medidas de austeridade anunciadas por Passos Coelho nos últimos meses, como a aplicação de uma taxa extraordinária sobre metade do subsídio de Natal que excede o salário mínimo e o aumento do IVA na el tricidade e gás para 23%. Medidas que também pesaram negativamente nas intenções de voto nos sociais-democratas. Depois de três meses a subir nas intenções de voto dos portugueses, o PSD regista em Setembro uma quebra. Ainda assim, continua a ser o preferido de 40,9% dos inquiridos, contra os 42% de Julho. Já o PS sobe, de 24% para 25,1%, uma ligeira recuperação que deixa o partido agora liderado por António José Seguro a uma larga distância do PSD (mais de 16 pontos percentuais). O CDS, o outro partido do Governo, também desce nas intenções de voto, passando de 10,3% em Julho para 7,1% em Setembro. A CDU sobe de 7,5% para 9% e o Bloco de Esquerda cai de 5,9% para 3,2%. Já a abstenção continua a sair “vencedora”, pois recolhe a preferência de 43,4% dos portugueses (40,6% em Julho). Já Pedro Passos Coelho está agora abaixo de Paulo Portas, Jerónimo de Sousa e José Seguro na avaliação dos portugueses aos líderes partidários, com uma nota negativa de 8,8 pontos. Paulo Portas colhe aqui a melhor pontuação (13 valores) e é também o ministro mais popular. Na avaliação ao Presidente da República, 37,6% dos portugueses dá nota positiva, mais do que os 28,1% que reprovam a sua actuação. A nota é agora de 11, o valor mais baixo desde Julho do ano passado e que compara com os 13,3 de Julho deste ano.