Berlusconi será o próximo político europeu a cair devido às suas políticas cegas
A Standard & Poor’s reduziu a notação financeira da Itália, de A+ para A, mantendo a ameaça de efectuar mais cortes, já que o “outlook” permanece negativo. O plano de austeridade de 54 mil milhões de euros não foi suficiente para impedir o corte. A agência de notação financeira cita as preocupações com o abrandamento da economia e a fragilidade do Governo, que ameaçam o objectivo de Itália reduzir a dívida pública, actualmente a segunda mais elevada na Zona Euro (119% do Produto Interno Bruto), apenas atrás da Grécia. A redução da notação financeira do crédito da dívida de Itália acontece depois de Berlusconi ter implementado um plano de austeridade de 54 mil milhões de euros, ao tentar travar a escalada dos juros implícitos da dívida no mercado de dívida secundário. Em Maio, a S&P tinha anunciado que poderia vir a cortar o “rating” de Itália, devido à instabilidade política e ao crescimento cronicamente baixo. Hoje, concretizou essa ameaça. Tanto a Itália como a Espanha são vistas como as “próximas vítimas” caso haja um maior contágio da crise da dívida, que já levou ao resgate da Grécia, Irlanda e Portugal. Silvio Berlusconi, já reagiu e disse nesta terça-feira que a decisão da agência de classificação de risco Standard & Poor's de rebaixar a nota da dívida soberana de curto e longo prazo da Itália de "A+/A-1+ para A/A-1" "não reflete a realidade do país", que já se preparava para adotar medidas de estímulo ao crescimento, ao que se somaria a elevação de impostos e cortes nas despesas públicas.
A avaliação da S&P para a Itália ainda está cinco passos acima do "status junk". As informações são da Associated Press.