As medidas de redução de despesa hospitalar têm de ser aplicadas em prol da sobrevivência das unidades. O défice dos mesmos vai atingir os 300 milhões em 2011. Paulo Macedo disse hoje no Parlamento que “um terço dos hospitais-empresa está em falência técnica” e por isso foi preciso impor a redução de 11% da despesa dos mesmos, além do que estava acordado com a troika. Respondendo ao ex-ministro da Agricultura, António Serrano, que interrogou o porquê de algumas medidas do Executivo irem mais além da troika, Paulo Macedo relembrou que “os hospitais tiveram um défice em 2010 de 322 milhões de euros, vão ter em 2011 um défice de cerca de 300 milhões e muitos deles estão em falência técnica (um terço) e o seu próprio capital social está por realizar em mais de 400 milhões de euros”. O ponto de situação dos hospitais serviu para o ministro da Saúde justificar as medidas de redução de despesa que são “imperiosas”. “Os hospitais não conseguirão sobreviver com esta realidade se não houver redução de despesa. Esta redução de despesa que é necessária, e pode-se discutir o seu grau, é difícil pois continuaremos a assegurar tudo aquilo que é essencial”. Além disso, Paulo Macedo explicou que a redução imposta aos hospitais não visa apenas “cumprir a meta quantitativa de redução acordada com a troika, mas também assegurar que o compromisso global (as dívidas não podem aumentar) é assegurado”. No fim do ano a dívida aos fornecedores deve atingir os três mil milhões de saúde.