A análise aos preçários dos bancos, desde o pedido de ajuda externa, mostra que as comissões nestes dois segmentos estão a subir. O aumento de comissões por parte da banca não é recente. Mas nos últimos meses, os cinco maiores bancos agravaram os aumentos e concentraram atenções em dois segmentos específicos: as comissões relacionadas com o crédito à habitação, nomeadamente as comissões iniciais cobradas independentemente da concessão do crédito; e as comissões que advêm do incumprimento bancário, como o atraso no pagamento de prestações, incluindo cartões de crédito. Desde Abril, mês do pedido de resgate internacional, todos os cinco maiores bancos aumentaram comissões relativas ao incumprimento dos clientes. As comissões que recaem sobre atrasos no pagamento de prestações de crédito subiram cerca de cinco euros. Por exemplo, no caso do BCP esta comissão aumentou de 25 para 30 euros e no BES de 20 para 25 euros. No Santander o não pagamento até à data limite dos cartões de crédito passou de isenta para 9,62 euros e na CGD passou de 9,62 euros para 12 euros; o BPI aumentou a comissão por encargos de cobrança de dez para 15 euros. Também as comissões preventivas de incumprimento sofreram agravamentos: as garantias e avales reconhecidas notorialmente subiram de 31,37 para 75 euros no Santander; enquanto no BES a comissão garantia e aval bancário passou de um mínimo de 180 euros para 200 euros.