FIM DA PUBLICIDADE DA RTP MATARÁ A ESTAÇÃO A FAVOR DA SIC

Balsemão, Bilderberg e PSD n.º 1 em Portugal, beneficiará desta medida e passará a dominar as TV's

O Partido Socialista (PS) considerou hoje que o fim da publicidade na RTP vai onerar "ainda mais" os contribuintes, contrariando a intenção do Governo de "não sobrecarregar os portugueses com o serviço público de televisão. O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, anunciou na segunda-feira que a RTP vai deixar de ter publicidade comercial, após alienação de um dos canais generalistas. Em comunicado, o PS recorda que a receita publicitária da RTP, que atingiu cerca de 50 milhões de euros este ano, estava, "até agora, afeta ao pagamento da dívida da empresa". Assim, com o fim das receitas publicitárias, "a compensação desta receita terá de ser feita pelo Estado, onerando ainda mais o contribuinte, o que contraria o objetivo anunciado pelo Governo de não sobrecarregar os portugueses com o serviço público de televisão", aponta o PS. Para o PS, a entrada de um novo operador no mercado - cuja concretização da sua "hipotética alienação (...) ainda está por esclarecer" - irá provocar um "considerável abalo num mercado publicitário que tem vindo constantemente a decrescer". Segundo o PS, esta situação irá pôr em causa o plano de sustentabilidade financeira da RTP, apresentando pelo presidente da empresa, Guilherme Costa, a 24 de outubro, e aprovado pelo ministro da tutela. "O grupo parlamentar do Partido Socialista tem insistentemente procurado em sede da Comissão competente na Assembleia da República esclarecer o alcance deste 'negócio' e as mais-valias desta intenção de desmantelar a RTP, reduzindo-a a um único canal generalista. Ou seja, entender onde está o interesse público das medidas anunciadas", adianta. A SIC, a televisão do Bilderberg Pinto Balsemão, terá assim caminho livre para dominar todos os mídia - sonho aliás de qualquer Bilderberg - já que Balsemão detém também o grupo Impresa, principal editor-distribuidor de revistas em Portugal.