Seguro foi "traído" pelos seus companheiros de bancada pois pretendia votar a favor
'Mail' entre deputados não permitiu voto a favor no atenuar do corte de subsídios.
Direcção do PS queria votar a favor da proposta que ontem o Governo apresentou para diminuir o impacto dos cortes nos subsídios em 2012. A bancada socialista revoltou-se e, depois de um debate entre vários deputados via e-mail, Seguro e Zorrinho viram-se obrigados a um volte-face: o PS absteve-se.
Entre os vários contestatários surgiram deputados como Eduardo Cabrita (presidente da Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças), José Lello, Filipe Neto Brandão, Isabel Moreira (que violou a disciplina de voto, decisão que agora a direcção da bancada diz estar a "avaliar"), Idália Serrão e Sérgio Sousa Pinto.
Apesar de ter garantido que votaria a favor de qualquer proposta que tornasse o orçamento menos injusto, Seguro recuou.
O PS votou contra a subida dos 1.000 para 1100 euros do limite mínimo a partir do qual funcionários públicos e pensionistas perdiam dois subsídios. E absteve-se no número que definia a modulação dos cortes para trabalhadores e pensionistas que subia o limite dos 485 para os 600 euros.
Horas antes, António José Seguro, havia garantido estar disponível para votar a “favor qualquer proposta que torne o Orçamento menos injusto”.
A proposta de alteração foi, contudo, aprovada com os votos do PSD e CDS. O BE, PCP e Verdes votaram contra.
Esta proposta significa que mais 120 mil pensionistas e mais 40 mil funcionários públicos não vão sofrer reduções nos subsídios de Natal e de Férias em 2012.