neste momento ainda há 6 países na Zona Euro com notação máxima (AAA)
“A continuada e rápida escalada da crise da dívida e da banca nos países da Zona Euro ameaça a notação de crédito de todas as nações europeias”.
O alerta foi enviado ontem à noite pela agência norte-americana Moody’s, num relatório especial sobre a crise da dívida na Europa.
Ainda que considere que o cenário mais provável é que a Zona Euro se mantenha íntegra e que apenas a Grécia tenha de renegociar a sua dívida (forçando os credores a perdoarem uma parte dos fundos que emprestaram ao país), a Moody’s adverte que os riscos, sobretudo associados à inacção política, são agora de tal forma elevados que não se pode por de parte uma implosão repentina da união monetária.
“A Zona Euro está a aproximar-se da encruzilhada entre mais integração ou maior fragmentação”, considera a agência.
“Apesar de a Zona Euro, como um todo, possuir uma robustez económica e financeira tremenda, a fragilidade institucional continua a adiar a resolução da crise e a pesar sobre os ‘ratings’” de todos os países, prossegue o relatório, com a Moody's a precisar que todas as notações serão "revisitadas" ao longo do primeiro trimestre de 2012.
Neste momento, são ainda seis os países do euro que possuem notação máxima (AAA), o que tem permitido ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira ter também "rating" máximo. Dentro deste grupo, o "rating" francês e austríaco são os que parecem mais ameaçados.