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Os pilotos decidiam agendar dois períodos de quatro dias de greve. O primeiro nos dias 9, 10, 11 e 12 de Dezembro e o segundo período nos dias 3, 4, 5 e 6 de Janeiro de 2012, de acordo com o comunicado da assembleia-geral, divulgado ontem à noite.
No comunicado, o SPAC afirma que os pilotos "decidiram pelo recurso à greve para exigirem à administração [da TAP] o cumprimento das normas do Acordo de Empresa e a reposição de um clima laboral que reponha a equidade no tratamento entre pilotos e chefias".
Os pilotos, acrescenta o sindicato, tomaram esta decisão para "exigir" ao Governo o seu envolvimento no processo de privatização da companhia aérea tal como previsto no acordo celebrado em 1999, reivindicando também que lhes seja concedido o "acesso à informação necessária para possa ser feita uma avaliação independente da empresa".
O SPAC sublinha que na base da decisão tomada hoje não estão em causa "quaisquer questões relacionadas com remunerações".
A última greve convocada pelo SPAC durou dois dias e decorreu em Setembro de 2009.
Na altura, a TAP disse que a paralisação tinha provocado o cancelamento de 52 voos, enquanto o sindicato falou em 130 voos cancelados. A companhia aérea explicou a diferença de número com o facto de o SPAC não contabilizar os voos da TAP fretados, bem o reencaminhamento de passageiros para voos de outras companhias com as quais a transportadora portuguesa tem acordos.
A greve de 2009 teve um impacto nas contas da TAP na ordem dos 10 milhões de euros, segundo dados avançados na altura.