GREVE GERAL É NECESSÁRIA PARA "RESISTIR AO RETROCESSO SOCIAL E CIVILIZACIONAL"

é preciso um novo 25 de Abril para quebrar o ciclo de opressão social dos políticos corruptos ao serviço da NWO

Deixar o euro é como sair de uma guerra, avisa Carvalho da Silva, para quem Portugal está sob ocupação estrangeira. Em entrevista ao JN, o líder da CGTP diz que a greve tem, por isso, uma dimensão patriótica e, espera, conseguirá despertar a sociedade. O tempo é de resistência ao "retrocesso social e civilizacional". Não acha que os sindicatos devem ser mais activos na apresentação de soluções concretas em vez de serem apenas reivindicativos? Os sindicatos têm propostas concretas, o problema é que não se enquadram nos catecismos dos poderes dominantes. Propomos que se considere uma nova forma de distribuir a riqueza, o combate à economia clandestina, não deixar que o económico e o financeiro se sobreponham ao político e valorizar o trabalho. Não esperem que os trabalhadores cujo trabalho não é valorizado reajam positivamente. Quanto ao Euro, este não vai continuar como até aqui. Vai haver uma só moeda ou mais do que uma? Vão manter-se todos os países ou alguns serão empurrados para fora? Em Abril do ano passado disse que países pequenos como o nosso, se forem empurrados do euro podem ficar, em termos sociais, sob pressões idênticas à saída de uma guerra...

Quanto ao Bloco de Esquerda, o partido apelou a uma "grande" participação na greve geral. "Será o primeiro dia em que o País responde à troika", sublinhou Francisco Louçã, que falava em Braga, numa ação de mobilização para a greve geral. Para o líder bloquista, "já se viu o que a troika cá veio fazer: destruir a economia, promover o desemprego, promover a miséria, encarecer a saúde, atacar a educação, atacar a cultura, ir atrás dos salários". Por isso, Francisco Louçã quer que a greve signifique o princípio de um novo 25 de Abril, "que é tão importante para salvar a economia, salvar o respeito, salvar a democracia e trazer dignidade". Será, sublinhou, uma jornada de luta "contra o empobrecimento e a exploração". Louçã lembrou que os portugueses já são obrigados a trabalhar mais meia hora gratuitamente por semana e que talvez venham a ter de trabalhar um sábado "sem o pagamento de um cêntimo". Disse ainda que o BE não desistirá de lutar contra o "roubo" dos subsídios de férias e de Natal aos funcionários públicos. "E agora querem baixar ainda o salário. É uma política de terra queimada, não esquecem ninguém, vão atrás de toda a gente", criticou. Garantiu que o partido "recusa" o aumento do IVA para restaurantes, comércio, pequena actividade comercial, cultura e espectáculos e saudou o PS por se ter manifestado de acordo com esta posição. Exigiu igualmente a tributação do património de luxo, "um imposto sobre quem ganha fortunas a partir da especulação de terrenos e da especulação imobiliária".