alcunhado de "imperador louco", "novo Mussolini", "fascista" e "ditador", este "deus romano" cai finalmente
O primeiro-ministro demissionário italiano não se vai recandidatar nas próximas eleições no início de Fevereiro.
Berlusconi afirmou hoje que o país deverá ir a votos no início de Fevereiro e que não se recandidatará à chefia do Governo. "Irei demitir-me assim que a lei seja aprovada, e, como não acredito que há outra maioria possível, vejo a realização de eleições antecipadas no início de Fevereiro e não serei candidato", terá afirmado Berlusconi ao editor do jornal italiano La Stampa, segundo a Reuters.
O 'Il Cavaliere' terá dito ainda que o candidato de centro-direita ao cargo de chefe de Governo italiano será o líder do Partido da Liberdade e antigo ministro da Justiça Angelino Alfano.
A saga vivida por Silvio Berlusconi nos últimos dias chegou ontem ao fim, depois de o primeiro-ministro italiano ter perdido a maioria absoluta na Câmara dos Deputados, na votação do Orçamento Rectificativo de 2010, que acabou por passar com a abstenção da oposição. Dos 630 deputados do Parlamento italiano, apenas 308 votaram a favor. E houve deputados e membros do Governo que inclusive faltaram à votação. Uma situação que levou Berlusconi a anunciar que sairá depois de ser aprovado o pacote de austeridade que preparou para o país (a votação está marcada para dia 15 de Novembro). Berlusconi adoptou assim a mesma técnica de José Sócrates: demitir-se depois de garantir a aprovação do orçamento penalizante da Troika.