POBREZA, MISÉRIA E EMIGRAÇÃO AUMENTAM EXPONENCIALMENTE EM PORTUGAL A CADA DIA QUE PASSA


depois de as erradicarmos, voltamos novamente às barracas, como forma de ter tecto em Portugal

É assustador o número de pessoas que estão a emigrar para tentarem salvar-se do sobreendividamento que as apanhou de surpresa. As Finanças implacáveis continuam a despejar as pessoas dos seus bens e das suas casas, por vezes famílias inteiras, agora a qualquer hora do dia, até de noite, fazendo-se acompanhar de "agentes de autoridade". A frieza do método é assustadora. O Estado deixou de proteger para passar a atacar a já frágil vida privada dos cidadãos. Foi assim no passado em estados totalitários e será assim outra vez na actualidade. A história repete-se. A União Europeia deu a mão às políticas xenófobas e frías da CIA e de Wall Street e desmantela o estado social que criou durante as últimas décadas no velho continente. Pessoas a viverem no frío da rua e barracas a surgirem às centenas em vários locais nos arredortres de Lisboa repetem a triste história da pobreza dos anos 60 e 70 em Portugal, perante a incompetência e indiferença dos políticos, agora totalmente ao servuiço das máfioas do sector privado e da banca internacional. Cascais, Oeiras, Loures, Sintra vêem nascer como cogumelos casas construídas com restos de madeira e tijolos em pequenas localidades ou terrenos abandonados na periferia da capital, apesar de estas câmaras municipais negarem este nova realidade. Os que conseguem emigram, tal como fez a Linda de Suza, em 1970, fugindo desta terra miserável, com a sua simples mala de cartão.