VENDAS DE VEÍCULOS NOVOS EM MÍNIMOS DOS ÚLTIMOS 23 ANOS

a Ferrari subiu em 100% as vendas, contrariando o mercado do segmento médio

As vendas de automóveis ligeiros registaram a quebra homóloga mais acentuada dos últimos dois anos e meio. As vendas de carros novos voltaram a cair em Portugal, indica hoje em comunicado a ACAP-Associação Automóvel de Portugal. Em Outubro, foram vendidos menos 40% veículos ligeiros, comercias e pesados, ao serem matriculados 11.698 novos carros. A Renault, líder de mercado, vendeu menos 513 carros, uma quebra de 35,4% face a Outubro de 2010. A marca ‘low cost' da fabricante francesa - a Dacia - seguiu a tendência e registou um decréscimo nas vendas de 29,4%, passando de 163 veículos vendidos no ano passado para 115. Já a Volkwagen, segunda marca mais comercializada, encolheu as vendas em 40,7% no mês passado. As construtoras Peugeot, Ford, Citroën e Opel seguiram a tendência e também fecharam o mês no 'vermelho'. Em sentido contrário, a Hyundai (35,4%), a Smart (5,5%) e a Lancia (43,6%) conseguiram aumentar as vendas. Estas foram aliás as únicas marcas com desempenhos positivos neste período. Nas marcas de luxo, a Ferrari, a Lamborghini e a Jaguar conseguiram aumentar as vendas em Outubro deste ano, em comparação com o mesmo mês em 2010. As vendas da Ferrari subiram 100%, de 1 para 2 carros, as da Jaguar cresceram 6,3%, passando de 16 para 17 unidades vendidas enquanto a Lambor4ghini passou de nenhum carro vendido em Outubro do ano passado para dois este ano. A comercialização de veículos ligeiros de passageiros (9.126) bem como de comerciais ligeiros (2.324) escorregou 40,5% em Outubro de 2011 face ao período homólogo do ano passado. É a quebra mais acentuada dos últimos dois anos e meio, sendo que há 23 anos que não se vendiam tão poucos carros. No que diz respeito ao mercado de veículos pesados, registou-se um decréscimo de 5,1%, tendo sido vendidos 248 veículos. Entre Janeiro e Outubro, as vendas de carros novos diminuiram 24,9% face a igual período de 2010, atingindo um total de 161.724 unidades vendidas no País, verificando-se um agravamento da tendência decrescente iniciada em Janeiro do corrente ano.